sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Diploma de tecnólogo vale em concurso e pós


 
Segundo o MEC, os cursos superiores de tecnologia representam 16% da oferta de graduação no país


SÃO PAULO - O diploma de graduação dos tecnólogos tem validade para participação em concursos públicos, esclarece o ministério da educação.
O diploma desta modalidade de curso superior em tecnologia também é válido normalmente para quem pretende dar continuidade aos estudos, por meio de programas de pós-graduação lato sensu (especialização e MBA) e stricto sensu (Mestrado e Doutorado), garante o MEC.

A existência de muitas dúvidas entre os graduandos sobre a validade do documento obrigou o ministério a esclarecer o assunto.
“Não há restrição legal quanto ao tecnólogo fazer pós-graduação”, ressalta o coordenador de regulação da educação profissional e tecnológica do MEC, Marcelo Feres. “É preciso ter em mente também que o egresso pode dar continuidade aos estudos, independentemente de títulos acadêmicos”, esclarece.

O que é Tecnólogo
A exemplo dos cursos de bacharelado e licenciatura, os cursos superiores de tecnologia, que formam os chamados tecnólogos, têm como requisito para o seu ingresso a conclusão do ensino médio.

A diferença é que bacharéis e licenciados recebem uma formação mais generalista, enquanto os tecnólogos obtêm especialização profissional em áreas específicas.
Outra diferença se refere à duração do curso. As graduações tradicionais levam de quatro a seis anos para serem concluídas, ao passo que os cursos superiores de tecnologia têm curta duração (em média, dois anos), o que acaba sendo um atrativo para os estudantes interessados em ingressar mais rapidamente na vida profissional.

Voltados para a formação especializada, os cursos superiores de tecnologia representam 16% da oferta de graduação no país, de acordo com o ministério da educação.
Os cursos tecnológicos existem no Brasil desde a década de 60 do século passado. Nos últimos anos, a procura aumentou. O número de alunos matriculados cresceu, entre 2002 e 2008, de 81,3 mil para 421 mil, segundo dados do censo da educação superior.

Entre os cursos mais procurados estão os de gastronomia, automação industrial, análise e desenvolvimento de sistemas, radiologia e gestão de recursos humanos.



.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desde a segunda metade da década passada, formação de cursos tecnólogos visa atender demanda local






Criados em 2008, os cursos em Gestão de Recursos Humanos, Logística e Negócios Imobiliários, da Unimep, procuram arrefecer uma carência local. De acordo com o coordenador dos cursos tecnólogos, Emílio Amstalden, as ofertas e oportunidades de trabalho nas três áreas ainda são significativas e devem continuar representando uma boa fatia do mercado municipal e regional. “Se não acontecer nada inesperado, como uma guerra, esses mercados devem continuar se expandindo por, no mínimo, mais 20 anos”, afirmou. “E não só em Piracicaba que essa demanda existe e é alta. Em toda região, a situação é semelhante”, acrescentou.

A alta demanda pelos cursos tecnólogos, menos extensos, com duração de dois anos, surgiu a partir de 2006. Desde lá, “em decorrência do boom econômico”, a necessidade por mão de obra qualificada se tornou, cada vez mais, uma exigência, e não apenas um complemento. Por ano, em média 100 alunos se formam em cada uma das modalidades. O índice de empregabilidade também é alto.

“Cerca de 95% dos alunos já saem daqui empregados. Temos algumas oportunidades de estágio que não conseguimos suprir. A procura por pessoas qualificadas e com capacidade para exercer essas funções é muito alta”, explicou.

Um dos escopos dos cursos tecnológicos é formar um capital humano volta à formação acadêmica e prática, como disse Amstalden. A finalidade é capacitá-lo para cargos gerenciais, bem como qualificá-lo com capacidade técnica para exercer outras funções relacionadas à área. “Assim, quem saí da faculdade já saí imediatamente pronto para o mercado de trabalho”, observou.

Para exemplificar, o curso de Negócios Imobiliários, que outrora era tido como um plano B de vida – a fim de ajudar a compor a renda mensal – agora é tido como uma alternativa viável para construir uma carreira profissional. “É uma alternativa de trabalho e fonte de renda que vem tendo um crescimento muito forte. Na cidade e na região, há muita busca por profissionais capacitados nessa área”, contou o professor.

Conforme Amstalden, um dos problemas mais comuns e recorrentes é a falta de domínio de uma segunda língua. “A cidade é uma grande exportadora. Para atender esse mercado de fora, é necessário que haja um maior foco nesse sentido. É preciso capacitar ainda mais”, concluiu.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Construção Civil lidera irregularidades trabalhistas


Sex, 29 de Abril de 2011 17:15
Alessandra Karla Leite

O setor da Construção Civil foi o campeão em número de autuações por irregularidades como descumprimento de normas de segurança, excesso de jornada, não concessão de descansos e alto índice de acidentes de trabalho.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas, Alcino Vieira.

Os números são resultado de fiscalizações do primeiro trimestre deste ano.

No total, segundo o superintendente, foram 226 ações fiscais concluídas, com 84 na Construção Civil, 69 no Polo Industrial de Manaus (PIM), 39 em portos e embarcações e 34 no meio rural.

De acordo com parcial das autuações na Construção Civil no período de 25 a 29 de abril, foram sete ações fiscais, com uma interdição e três embargos totais. Os nomes das empresas não foram revelados.

Dos 93 autos de infração, o setor mais visado é o da Construção Civil, conforme  Vieira, em função do maior número de trabalhadores, inclusive não registrados.

Colaborou Alyne Araújo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Falta de engenheiros preocupa setor industrial

País precisa de 60 mil novos engenheiros por ano, mas forma apenas pouco mais que a metade disso

Alex Rodrigues, da AGÊNCIA BRASIL
Até 2012 a CNI estima que o déficit de engenheiros chegue a 150 mil
São Paulo - A falta de engenheiros qualificados preocupa o setor industrial. O déficit anual já está na casa dos 30 mil profissionais, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), número que preocupa empresários e especialistas na área de educação.
"O país tem de formar mais engenheiros urgentemente, sob pena de vir a pagar um preço muito alto mais à frente", afirma o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Vanderli Fava. Já o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique Cruz, é ainda mais categórico.
"Especialmente agora que o país está numa trajetória de crescimento econômico que parece sólida, é essencial que existam mais e melhores engenheiros, pois são eles que fazem as indústrias funcionarem", disse Cruz.
Ao participarem, hoje (25), em São Paulo, de um evento realizado pela CNI para debater a formação dos engenheiros brasileiros, Fava e Cruz apontaram as carências dos ensinos fundamental e médio, a dificuldade de ingressar em uma faculdade pública ou de bancar os custos de uma instituição de ensino privada e o descolamento entre os currículos universitários e as necessidades das empresas como algumas das razões para a baixa procura pelos cursos de engenharia.
"Um engenheiro que esteja desempregado tem algum problema de formação porque nós inclusive já estamos recebendo engenheiros vindos de outros países para trabalhar aqui", disse Fava, mencionando que, num país como o Brasil, de 190 milhões de habitantes, a demanda anual por novos profissionais gira em torno dos 60 mil pessoas, enquanto, hoje, são formados apenas 32 mil ao ano.
De acordo com estimativa divulgada pela CNI, até 2012, haverá ao menos 150 mil vagas não preenchidas por profissionais devidamente capacitados, ou seja, por necessidade dos empregadores, parte destes postos poderão ser destinados a pessoas com outras formações acadêmicas.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, o momento é oportuno para os jovens que estão prestes a ingressar numa universidade e que ainda estão em dúvida sobre qual carreira escolher.
"A oportunidade é essa. Os cursos de engenharia são atraentes e eu acredito que, neste momento, o jovem deve pensar seriamente em estudar engenharia. No setor eletroeletrônico, como em outros setores, nós já sentimos a falta de mão de obra qualificada", concluiu Barbato.

terça-feira, 5 de abril de 2011

MPF/SP aciona Crea e Confea por exigir registro de professores universitários

De acordo com lei, profissionais formados em Engenharia, Arquitetura e Agronomia que atuam como professores não são obrigados a se inscreverem no Conselho
O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para que o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de SP (Crea/SP) deixe de exigir o registro de professores universitários que lecionem matérias no curso superior correspondente à profissão regulamentada e que Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) se abstenha de exigir que os professores se registrem nos respectivos Conselhos Regionais, o que os obriga a pagarem a inscrição e anuidades do Conselho, e os sujeitam às penalidades do estatuto do órgão.
O MPF apurou que o Crea/SP tem exigido o registro de professores universitários que ministram disciplinas relacionadas à profissão regulamentada de engenharia, arquitetura e agronomia. O órgão, em resposta, informou que está vinculado às decisões do Confea, que estabelecem que professores devam se registrar nos conselhos regionais.
Para o MPF, a exigência é ilegal, já que não há lei que estabeleça como condição ao exercício da função de professor dos respectivos cursos a inscrição no Conselho Regional  de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. O artigo 69, do Decreto 5773/2006, que regula artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), estabelece que o professor de ensino superior não está sujeito a se inscrever em órgão de regulamentação profissional.
O Confea alega que o art. 7º da Lei 5.194/66, que regulamenta as profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiros-agrônomos e estabelece o leque  de atribuições profissionais das três atividades, dentre elas  o “ensino, pesquisas, experimentação e ensaio”.
Segundo o MPF, o dispositivo não significa que o professor universitário das respectivas profissões deva inscrever-se no Crea. A atividade de ensino, que está disciplinada na LDB e outras normas educacionais, está sujeita ao controle e fiscalização do MEC.
Para a procuradora da República Adriana da Silva Fernandes, autora da ação, os profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia quando lecionam matérias nos cursos afins não exercem a profissão de engenheiros e arquitetos, mas sim a de professor e não se sujeitam ao Crea. “O entendimento é que a atividade que o obriga a inscrição em um determinado conselho é tão somente a atividade-fim”, afirma.
Na ação, o MPF pede que a exigência deixe de ser feita e solicita a intimação pessoal dos presidentes do Crea/SP e do Confea, sob pena de responsabilização penal e improbidade administrativa. O órgão também pede aplicação de multa diária no valor mínimo de R$ 15 mil, a ser revertida ao Fundo Nacional de Direitos Difusos, em caso de descumprimento de eventual decisão.

Ação civil pública nº 0018401-12.2010.4.03.6100, distribuída à 9ª Vara Cível Federal
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em São Paulo
11-3269-5068
ascom@prsp.mpf.gov.br
www.prsp.mpf.gov.br

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Educação tecnológica

Ministro fixa meta de 10 milhões de universitários para a próxima década

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na noite de segunda-feira, 31 de maio, que o Brasil precisa mirar a meta de 10 milhões de universitários na próxima década. A afirmação foi feita na abertura do seminário internacional Cursos Superiores de Tecnologia: Educação e o Mundo do Trabalho, que se encerra nesta terça-feira, 1º.
“É necessário que pelo menos 50% dos jovens entre 18 e 24 anos cursem a educação superior”, ressaltou Haddad. Hoje, 5,8 milhões de estudantes estão matriculados nas instituições de ensino superior, em 25 mil cursos. Na visão do ministro, a tendência para os próximos anos é a de aumento na oferta de cursos superiores de tecnologia e na modalidade a distância, o que pode ajudar a alcançar a meta. “Já estamos criando um paradigma de qualidade com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e com os institutos federais de educação, ciência e tecnologia”, salientou. 
De acordo com o censo da educação superior de 2008, medição mais recente feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), há 5.080.056 matrículas na graduação presencial (412.027 em cursos de tecnologia) e 727.961 na educação a distância. Os cursos presenciais chegam a 24.719 (4.355 de tecnologia) e os da educação a distância, 647.
Haddad também lembrou que tramita no Congresso Nacional projeto de lei que regulamenta a profissão de tecnólogo. A regulamentação levará a um aumento na procura dos jovens por cursos superiores de tecnologia, além de dar sustentação ao tecnólogo no mercado de trabalho. “Nosso esforço, hoje, é para dar mais visibilidade a esse tipo de curso. Em alguns países desenvolvidos, os cursos de tecnologia respondem por mais de 50% da oferta no nível superior”, exemplificou o ministro.
Durante o seminário, que tem a presença de representantes de países como Uruguai, Argentina, Canadá, França e Chile, são mostradas experiências internacionais na área e apresentadas propostas para o setor.
Catálogo — Na abertura do encontro, foi lançada a nova edição do Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, com dez novos cursos. São seis no eixo tecnológico-militar, três no de segurança e um no de apoio educacional. O catálogo orienta instituições e estudantes sobre o teor e a infra-estrutura de cada formação. 
Os novos cursos são processos escolares, comunicações aeronáuticas, foto
inteligência, gerenciamento de tráfego aéreo, gestão e manutenção aeronáutica, meteorologia aeronáutica, sistemas de armas, segurança no trânsito, segurança pública e serviços penais.
O secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, ressaltou que os cursos de tecnologia são os que mais crescem no país. Nos últimos oito anos, aumentaram em 300%. Hoje, representam 17% do total da oferta na educação superior brasileira. “Isso coincide com um momento especial no país: aumentou a oferta de emprego, o nível de crescimento econômico e a falta de mão de obra qualificada em inúmeras profissões” destacou. “Com a formação qualificada de novos profissionais, logo daremos conta de suprir essa demanda.”
Letícia Tancredi

domingo, 20 de março de 2011

Perguntas e Respostas ¨MEC¨

Perguntas e Respostas sobre Cursos Superiores de Tecnologia (extraídos do site do Ministério da Educação – MEC)

1. EM QUE CONSISTEM CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA?
Cursos Superiores de Tecnologia são cursos superiores de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente, abrangendo os diversos setores da economia.
Os graduados nos Cursos Superiores de Tecnologia denominam-se “tecnólogos” e são profissionais de nível superior, especializados em segmentos de uma ou mais áreas profissionais com predominância de uma delas. Atualmente os Cursos são classificados em uma das 20 áreas profissionais definidas na legislação, a saber: Agropecuária, Artes, Comércio, Comunicação, Construção Civil, Design, Geomática, Gestão, Imagem Pessoal, Indústria, Informática, Lazer e Desenvolvimento Social, Meio Ambiente, Mineração, Química, recursos Pesqueiros, Saúde, Telecomunicações, Turismo e Hospitalidade e Transportes. Os Tecnólogos possuem formação direcionada para aplicação, desenvolvimento e difusão de tecnologias, com formação em gestão de processos de produção de bens e serviços e capacidade empreendedora, em sintonia com o mundo do trabalho. A organização curricular dos Cursos de Tecnologia funda-se nos princípios de flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização. Para maiores informações consultar: Parecer CNE/CES 436/2001 homologado em 05/04/2001; - Parecer CNE/CP 29/2002 homologado em 12/12/2002 e a Resolução CNE/CP 03/2002 contendo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico.

2. QUAIS INSTITUIÇÕES DE ENSINO PODEM OFERTAR CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA?
Os Cursos Superiores de Tecnologia poderão ser ministrados em Universidades, Centros Universitários, Faculdades, Faculdades Integradas, Escolas e Institutos Superiores ou Centros de Educação Tecnológica públicos ou privados.

3. É POSSÍVEL FAZER PÓS-GRADUAÇÃO DEPOIS DE CONCLUIR UM CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA ?
Sim.
Segundo o Artigo 44 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9.394/1996: “Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:
(...)
III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;” (grifo nosso)
Como o Curso Superior de Tecnologia é uma graduação, os seus egressos diplomados possuem a condição fundamental para prosseguimentos de estudos em pós-graduação. No entanto, além da graduação os candidatos aos programas de pós-graduação devem atender a exigências de acesso estipuladas pela instituição ofertante.

4. O TECNÓLOGO É PLENO?
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996) e as normas que dela decorrem não usam os termos "curta" ou "longa" duração no que diz respeito às modalidades de cursos superiores de graduação (bacharelados, cursos superiores de tecnologia e licenciaturas). Vide Artigo 44 da Lei 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Quanto a expressão "graduação plena", a mesma só é utilizada no artigo 62 da LDBE com relação às "licenciaturas." Contudo, não se graduam mais pessoas em licenciaturas não plenas, ou seja licenciaturas curtas, até porque elas não estão previstas na legislação atual. Resumindo, todos os cursos de graduação no País são plenos.

5. QUAL A CARGA HORÁRIA EXIGIDA PARA O CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA? QUE LEGISLAÇÃO ESTABELECE A CARGA HORÁRIA MÍNIMA PARA O REFERIDO CURSO?
Existe a definição de carga horária mínima para os Cursos Superiores de Tecnologia conforme as áreas profissionais nas quais estão classificados. As áreas profissionais: Agropecuária, Construção Civil, Indústria, Mineração, Química, Saúde e Telecomunicações possuem carga horária mínima de 2.400 horas. As áreas profissionais: Geomática e Informática possuem carga horária mínima de 2.000 horas. As áreas profissionais: Artes, Comércio, Comunicação, Design, Gestão, Imagem Pessoal, Lazer e desenvolvimento Social, Meio Ambiente, Transportes e Turismo e Hospitalidade possuem carga horária mínima de 1.600 horas. O Parecer CNE/CES 436/2001 homologado em 05/04/2001 lista as áreas profissionais com suas respectivas cargas horárias mínimas, bem como a caracterização de cada uma das áreas.

6.QUEM É RESPONSÁVEL POR EXPEDIR E REGISTRAR OS DIPLOMAS DE GRADUAÇÃO E QUAL O PRAZO PARA SUA EMISSÃO?
Segundo o art. 48 da Lei no 9.394/96 (LDB), regulamentado pela Resolução CNE no 3, de 03 de agosto de 1997, os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias, serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação, situadas na mesma unidade da Federação. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional, como prova da formação recebida por seu titular.
Uma vez que o aluno cole grau, tem direito, desde logo, ao recebimento de seu diploma, devidamente registrado, para que tenha validade em todo território nacional. Como a lei não estabelece prazo para o cumprimento desta obrigação, aplica-se a regra do art. 960, in fine, do Código Civil Brasileiro, ou seja, o devedor, isto é, a instituição, fica em mora (situação de descumprimento culposo) mediante interpelação formal (escrita e protocolar) do interessado.

7. O QUE É AUTORIZAÇÃO DE CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA?
É o ato formal da autoridade governamental competente, que permite a uma instituição de ensino criar e implantar um Curso Superior de Tecnologia - CST. Todos os cursos autorizados dependem de um ato formal de reconhecimento, renovado periodicamente, para que a Instituição de Ensino ofertante possa emitir diploma com validade nacional.


8. O QUE É UM PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE CURSO(S) SUPERIOR(ES) DE TECNOLOGIA?
O reconhecimento é uma necessidade legal estabelecida para todos os cursos superiores existentes no País, independentemente da organização acadêmica da instituição que os oferta. Sua validade é periódica, devendo o prazo ser indicado no ato legal específico.
Cursos Superiores de Tecnologia devem ser reconhecidos dentro do prazo especificado na legislação (Portaria MEC nº 064 de 12/01/2001 Inserir Link para http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnol.shtm ). As instituições deverão requerer o reconhecimento de seus Cursos Superiores de Tecnologia a partir do início do terceiro semestre de funcionamento, quando se tratar de cursos com duração de dois anos ou até menos de três anos, e a partir do início do quinto semestre, para aqueles cuja duração for igual ou superior a três anos.


Outras perguntas e respostas:

9. O QUE SÃO CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA?
São cursos de nível superior com duração de dois anos e meio, em média, abrangendo os diversos setores da economia, abertos a candidatos com o Ensino Médio, ou equivalente, concluído. Os Cursos Superiores de Tecnologia da Facig permitem um acesso mais rápido ao mercado de trabalho. Possuem foco no domínio e na aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos em áreas específicas de campos profissionais. São, portanto, mais focados que os cursos tradicionais de graduação, habilitando rapidamente o aluno em uma especificidade.

10. OS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA SÃO RECONHECIDOS PELO MEC?
Os Cursos Superiores de Tecnologia enquadram-se no segmento da educação profissional de nível tecnológico, são regulamentados pelo Conselho Nacional de Educação e avaliados e regulados pela Secretaria de Ensino Profissional e Tecnológico do Ministério da Educação.
Segundo definição do MEC, tecnólogos são “profissionais graduados e com formação direcionada para aplicação, desenvolvimento e difusão de tecnologias, com formação em gestão de processos de produção de bens e serviços e capacidade empreendedora, em sintonia com o mundo do trabalho”.

terça-feira, 8 de março de 2011

Fechar as escolas de Economia e abrir escolas de Engenharia

Publicado em 06/03/2011
Um certo engenheiro búlgaro ...
 No ponto mais agudo da crise de 2008, quando a urubóloga disse que um tsunami ia afundar o Nunca Dantes, naquele momento dramático, Paul Volcker, ex-presidente do Banco Central americano, deu entrevista a um programa de domingo de manhã na CNN.

O entrevistador neoliberal, um urubólogo, perguntou a Volcker se ele não estava preocupado com o déficit.
Assim como o Cerra tem um problema com o “câmbio”, os neoliberais têm um problema com o “déficit”.
Volcker disse que não.
Disse que estava preocupado com o metrô de Nova York.
O que ?, perguntou o neoliberal aturdido. Com o metrô ?
Sim, ele explicou.
Houve uma concorrência para ampliar as linhas do metrô de Nova York e nenhuma empresa americana se apresentou.
Mas, e daí ?, se perguntava o neoliberal perplexo.
Volcker explicou: é que os Estados Unidos não formam mais engenheiros.
As melhores cabeças da América foram trabalhar nos bancos.
Produzem derivativos e não vagão de trem.
E deu no que deu.
Este ansioso blogueiro deu para ler o Plano Quinquenal da China, em lugar de perder tempo com o artigo do Farol de Alexandria, hoje, na página 2 do Estadão – um exercício inútil sobre o que a “esquerda” deve fazer.
(Como se a esquerda ou a direita precisasse de conselho dele.)
(Na verdade, é um artigo chic, para demonstrar que, em 1968, durante os protestos estudantis, ele estava em Paris. Gente fina …)
Mas, vamos ao Plano chinês.
Leitura mais útil a um habitante de um país membro dos BRICs e do Grupo dos 20.
(Aliás, no capitulo das relações externas, o Plano enfatiza que a China pretende afirmar-se em fóruns internacionais e o Grupo dos 20 está em primeiro lugar.)
O Governo chinês abriu um centro de pesquisas em nanotecnologia, constrói neste momento 50 centros de engenharia, 32 laboratórios nacionais de engenharia, e 56 laboratórios focados em televisão digital e internet de alta velocidade.
Antes que os profetas do Apocalipse se manifestem, vamos a artigo que o Ministro Fernando Haddad publicou na pág. 2 da Folha (*), em 23 de fevereiro:
(Esta expressão, na verdade, é de autoria deste ansioso blogueiro, noutro contexto, quando o PiG (**) queria destruir o ENEM para impedir o acesso do pobre à Universidade: “o ENEM é a banda larga do acesso do pobre à Universidade”.)
Diz o Haddad:
“Na ultima década, o Brasil foi, segundo o Banco Mundial, o país que mais avançou em aumento da escolaridade e, segundo dados da OCDE, o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica”.
“Superamos a China no primeiro caso, e ficamos atrás apenas de Chile  e Luxemburgo, no segundo.”
“Reuni – a expansão e a interiorização das universidades federais dobrou o número de ingressantes entre 2003 e 2020 (olha o Nunca Dantes aí ! – PHA), levando educação superior de qualidade a 126 cidades do interior do país.”
Pro Uni – mais de 800  mil estudantes de escola pública que passaram no ENEM estudam em faculdades.
“ … em dez anos, a matrícula do ensino superior teve aumento de 151% e o número de
formandos  cresceu 195% !”
Que horror !
Porém, segundo o jornal Brasil Econômico, de 2 de março, na pág. 14, mostra: “demanda alta por engenheiros deixa construção em alerta”.
“Registro de novos profissionais não acompanha a abertura de vagas no setor; grupos falam em importar mão de obra.”
No ano passado, a construção civil criou 12 mil postos de trabalhos para engenheiros.
No ano passado, 7 mil engenheiros se registraram nos CREAs de todo o país, mostra a reportagem.
Acontece que apenas 30% dos engenheiros do Brasil trabalham em engenharia: estão a produzir os derivativos do Paulo Volcker, em boa parte.
Qual é a saída?
Uma delas sugeriu o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante: acelerar a formação de tecnólogos em engenharia, de formação mais curta, para suprir a demanda que está aí, agora.
É uma emergência.
Outra, é importar engenheiro.
Com um engenheiro búlgaro que veio trabalhar na Usiminas, no Governo Vargas, de nome Rousseff.
Outra é fechar as escolas de Economia – fábrica de neoliberais que só pensam em trabalhar em banco – e abrir escolas de Engenharia.
Paulo Henrique Amorim
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/03/06/fechar-as-escolas-de-economia-abrir-escolas-de-engenharia/

domingo, 6 de março de 2011

Provérbios populares

Não diga tudo quanto sabes
não faças tudo quanto podes
não creias em tudo quanto ouves
não gastes tudo quanto tens

porque
quem diz tudo quanto sabe
quem faz tudo quanto pode
quem crê em tudo quanto ouve
quem gasta tudo quanto tem

muitas vezes
diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
gasta o que não pode"
-- Provérbio Árabe

"Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."
-- Provérbio Chinês

"Não há melhor negócio que a vida. A gente a obtém a troco de nada."
-- Provérbio Judaico

"A palavra é prata, o silêncio é ouro."
-- Provérbio Chinês

"O cão não ladra por valentia e sim por medo."
-- Provérbio Chinês

"A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração?"
-- Provérbio Chinês

"A língua resiste porque é mole; os dentes cedem porque são duros."
-- Provérbio Chinês

"As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas."
-- Provérbio japonês

"Um pai é um banco proporcionado pela natureza."
-- Ditado francês

"Antes de dar comida a um mendigo, dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar."
-- Provérbio Chinês.

"Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem "
-- Provérbio oriental

"Muitas vezes se diz melhor calando do que falando em demasia."
-- Provérbio

"Não há que ser forte. Há que ser flexível."
-- Provérbio Chinês

"Meu destino depende de mim, não de Deus." Os estrategistas não acreditavam em predestinação e não estimulavam as pessoas a
consultar livros que diziam a sorte ou esperar o que fosse acontecer. Ensinavam às pessoas a examinar suas situações e seus actos, e
a assumir a responsabilidade consciente de seu comportamento e as consequências que ele provoque.
-- Ditado Taoísta

"Um homem feliz é como um barco que navega com vento favorável."
-- Provérbio chinês

"Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota."
-- Provérbio Japonês

"Quem comprar o que não precisa, venderá o que precisa."
-- Provérbio árabe

"Diga a verdade e saia correndo."
-- Provérbio Iugoslavo

"Não é o que possuímos, mas o que gozamos, que constitui nossa abundância."
-- Provérbio árabe

"Todo mundo tem medo do tempo; mas o tempo tem medo das pirâmides."
-- Ditado egípcio

"Quem sabe, muitas vezes não diz. E quem diz muitas vezes não sabe."
-- Máxima do jornalismo investigativo

"Um homem está não onde mora, mas onde ama."
-- Ditado italiano

"Não vá o sapateiro além dos sapatos."
-- Provérbio Romano

"Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: APRENDER"
-- Provérbio Popular

"Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda."
-- Provérbio Chinês

"Chega-te aos bons, serás um deles, chega-te aos maus, serás pior do que eles."
-- Sabedoria Popular

"Longa viagem começa por um passo."
-- Provérbio Chinês

"O silêncio é de ouro e muitas vezes é resposta."
-- Sabedoria Popular

"Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca"
-- Provérbio popular

"Não há pior inimigo que um falso amigo"
-- Provérbio inglês

"Nunca se esquecem as lições aprendidas na dor"
-- Provérbio africano

"Difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto"
-- Provérbio chinês

"Vale mais uma hora de sábio que a vida inteira de tola"
-- Adágio popular

"Se você quer manter limpa a sua cidade, comece varrendo diante de sua casa"
-- Provérbio chinês

"O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância"
-- Provérbio chinês

"Nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade"
-- Provérbio popular

"Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede"
-- Provérbio chinês

"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado"
-- Provérbio árabe

"Censura teus amigos na intimidade e elogia-os em público"
-- Provérbio latino

"A coisa mais difícil para o homem é o conhecimento próprio"
-- Provérbio árabe

"Não ergas alto um edifício sem fortes alicerces; se o fizeres viverás com medo"
-- Sabedoria persa

"Uma grama de exemplos vale mais que uma tonelada de conselhos"
-- Provérbio popular

"O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute"
-- Sabedoria oriental

"Quando alguém ferir sua vaidade, não pense que sua honra foi atacada"
-- Provérbio persa

terça-feira, 1 de março de 2011

Dissertação de Mestrado

Política de Formação dos Tecnólogos - Dissertação de Mestrado

 

Uma aluna da PUC de Minas gerais desenvolveu uma tese de mestrado sobre a formação dos Tecnólogos.

Trata-se de uma pesquisa completa com toda história desde a criação dos cursos de Engenharia de Operação até aos dias atuais.

Gostaria de compartilhar com os colegas de profissão, ou quem mais se interessar.
Muito interessante, vale a pena ler.

O link de acesso é:
www.biblioteca.pucminas.br/teses/Educacao_AmaralCT_1.pdf

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O que é o que no reino da educação!

Caros colegas.

Eu devo bater nesta tecla! Algo me incomoda muito ao ler as mensagens da maioria dos colegas tecnólogos, não são todos, mas é a maioria, ainda e infelizmente. Não sei se é o tom melancólico como alguns colegas se colocam e se queixam ou se a verdadeira falta de consciência e de informação que alguns colegas têm a respeito de suas profissões.
 Percebo que entre nós tecnólogos ainda existem barreiras muito grandes, uma delas é a falta de informação e isso está nos enfraquecendo muito. Somente hoje, já li perguntas de profissionais tecnólogos querendo saber qual a diferença de Tecnólogo e Técnico, outros profissionais afirmando que o curso tecnológico que fizeram possui a mesma grade de um curso de especialização Lato Sensu, alguns querendo saber como proceder, pois, não sabem se são graduados, ou nível superior, quando são as duas coisas.
 Ao assistir o jornal hoje, a repórter referiu-se aos tecnólogos como técnicos de nível superior e as instituições de ensinos tecnológicos como escolas técnicas. Observo que mesmo pessoas que se dizem ou se julgam pessoas informadas empregam termos errados para definir o profissional tecnólogo por desconhecimento ou por costume de ver todos nos tratar dessa forma ou mesmo por preconceito e reserva de mercado, o agravante vem dos próprios tecnólogos que infelizmente deveriam dar o exemplo e saberem se impor, diante da sociedade e não o sabem.
 Não vejam a afirmação, “tecnólogos são técnicos de nível superior”, como um beneficio para nós, como se isso fosse um reconhecimento alcançado, pois na verdade a colocação do temo técnico nesse caso por si só denota uma intenção de nós vincularem perenemente a um nível abaixo do superior. Vejam! No contexto da etimologia da palavra, de seu significado, a palavra técnico refere-se a algo peculiar, próprio de uma determinada arte, de um ofício, do conhecimento de uma profissão ou ciência, e partindo para o sentido da pessoa técnica, o técnico é o indivíduo que conhece e aplica determinada técnica, é o especialista, o perito, o experto.
 Observem, pois, que qualquer profissional que possua em sua formação conhecimentos metodológicos e práticos, especialidades fundamentadas em ciência, observação, analise e estudo, e que transfira isso para prática com respaldo acadêmico – e eu vou mais além, com respaldo acadêmico ou não -, essa pessoa é uma pessoa técnica, não é difícil ao nos reportamos com queixas ao um determinado departamento público, ouvir que irão nos encaminhar para o departamento técnico, - Ponto! Departamento técnico: corpo profissional de técnicos especializados em determinada arte, ofício ou ciência -. Percebam que nesse contexto o técnico é todo e qualquer profissional que integre o departamento técnico, o engenheiro, o mecânico, o auxiliar técnico de administração, o consultor técnico em gestão de TI, que nesse caso, pode ser o bacharel em ciência da informação ou computação, ou seja, o técnico é o ESPECIALISTA.
 Mas na cabeça da maioria dos brasileiros o Técnico é o cidadão que faz um curso técnico de nível médio. O Bacharel é o cidadão que faz bacharelado! E o tecnólogo o que é? O povo não sabe! Más o governo sabe, nós tecnólogos deveríamos saber, alguns sabem, mas não todos os tecnólogos. Nessa salada de titulações somo todos técnicos, distribuídos como técnicos de nível médio e técnicos de nível superior, é isso mesmo o Engenheiro é um TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR, O MÉDICO É UM TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR EM SAÚDE, O ADVOGADO É UM TÉCNICO DE NIVEL SUPERIOR EM DIREITO, ou seja, um TÉCNICO JUDICIÁRIO DE NIVEL SUPERIOR. Mas o povo ainda não entendeu isso, infelizmente é uma burrice que impregna o inconsciente, o subconsciente e o consciente pessoal e coletivo da maioria dos brasileiro e de muita gente mundo a fora.
 Mas, vejamos até onde vai a malicia e a má índole de alguns! Quando nos referimos ao técnico no Brasil a maioria das pessoas associam diretamente ao profissional de nível médio, e ai onde mora a jogada de uns e outros, quando se referem ao tecnólogo como técnicos de nível superior, estão descaradamente incitando o entendimento da população a associação com cursos de nível médio, ora minha afirmação se comprova explicitamente nos comentários que leio no grupo. E notem por que não titulam o bacharel como técnico de nível superior?
 Companheiros, TÉCNICOS todos nós somos, de nível superior ou médio, o que vai definir o nível é o curso que fazemos, ou seja, nossas opções de formações, a mesma lógica se aplica ao uso do termo GRAU ou GRADUAÇÃO. Acho que muitos lembram que até certo tempo atrás nós tínhamos a seguinte divisão na educação, 1º grau = Ensino Fundamental, 2º grau = Ensino Médio e 3º grau = Ensino Superior. Veja que o modelo antigo oferecia três níveis distintos de graduação, graduação fundamental, graduação de nível médio e graduação de nível superior. Hoje o termo graduação é usado para diferenciar as modalidades de ensino dos cursos de especialização técnica, graduação de técnico de nível médio, graduação de nível superior, o que fica fora desta ordem é a formação seqüencial, ou seja, os cursos seqüenciais que não graduam, mas são cursos de nível superior. Quando o cara se forma em um curso técnico de nível médio ele cola grau de técnico de nível médio, quando o cara se forma em curso superior de graduação (tecnólogos, bacharéis e licenciados) ele cola grau de nível superior ou de técnico de nível superior, ou como queira chamar ele é um profissional de graduação superior.
 E por fim, não importa se a grade do curso se assemelha a um curso técnico, ou especialização, por que o que conta é o grau de aprofundamento que o aluno terá durante sua formação com suporte de algumas disciplinas teóricas e especificas da área de estudo, o curso de especialização, prevê que o aluno formado possua uma carga de conhecimentos que darão suporte as analises mais aprofundadas de uma área especifica que o aluno queira se aperfeiçoar ou especializar-se, logo é comum que os cursos de especialização tragam em sua estrutura disciplinas que sejam iguais aos dos cursos de graduação, pois estas serão dadas como complemento ao que já foi visto, mas de forma mais sucinta e focada em uma área especifica do conhecimento.

O ponto forte do tecnólogo é que o tecnólogo aprofunda e muito em matérias especificas, fazendo-o, ou pelo menos, devendo fazê-lo um profissional altamente especializado em um determinado saber, isso não significa a abolição total das disciplinas teóricas, conclui-se muitas vezes que ao partir para a prática o tecnólogo finda por deixar muitos profissionais tradicionais literalmente para trás, pois estes ainda se especializarão e o tecnólogo já sai especialista da faculdade.
 Portanto meus caros colegas, não se submetam ao julgo e as humilhações de outros profissionais, mas procurem ao menos conhecer seus direitos e estudem não só aquilo que lhes são dados na faculdade, mas tudo o que lhes cercam e que se referem a sua formação e profissão, façam o máximo.
 Até breve!

Ramiro Ferreira dos Santos
Tecnólogo em Saneamento Ambiental/IFS

domingo, 20 de fevereiro de 2011

PL-0757/2008

Ref. SESSÃO: Plenária Ordinária 1.351
Decisão Nº: PL-0757/2008
Referência:PT CF-2176/2008
Interessado: GT – Tecnólogos

Ementa: Valorização do profissional tecnólogo
O Plenário do Confea, reunido em Brasília no período de 25 a 27 de junho de 2008, apreciando a Deliberação nº 048/2008 - CEAP, relativa à matéria em epígrafe; e considerando a Decisão PL-0257, de 7 de abril de 2008, que aprovou a prorrogação de prazo dos trabalhos do GT - Tecnólogos, que tem, entre outros, o objetivo de diagnosticar a situação dos profissionais tecnólogos em cada um dos regionais; considerando que este Federal encaminhou ofício aos Conselhos Regionais solicitando informações sobre as instituições de ensino que oferecem cursos de tecnologia de áreas abrangidas pelo Sistema, para diagnosticar a situação dos tecnólogos em cada Conselho Regional; considerando que são muitas as dúvidas dos discentes e de alguns docentes quanto ao caráter e à identidade da profissão de tecnólogo da Engenharia e, até mesmo, quanto ao papel do Sistema Confea/Crea com relação aos seus objetivos e propósitos; considerando a necessidade de promover a valorização do profissional tecnólogo, bem como o reconhecimento da participação ativa desses profissionais, e esclarecer a sua importância no Sistema Confea/Crea, e considerando a importância das atividades conjuntas dos Creas e as Entidades Representativas dos Tecnólogos no sentido de diagnosticar a situação dos tecnólogos em todo território brasileiro, DECIDIU, por unanimidade: 1) Recomendar aos Creas que constituam GT-Tecnólogos, com a finalidade de propor projetos de inclusão, reconhecimento, integração, valorização do profissional tecnólogo e esclarecer os objetivos e propósitos do Sistema Confea/Crea para as instituições de ensino, Tecnólogos e alunos dos cursos de Tecnologia das áreas abrangidas pelo Sistema. 2) Sugerir que o Grupo de Trabalho seja composto por: 1 (um) representante das entidades representativas dos Tecnólogos, 1(um) representante das instituições de ensino que ofereçam curso de Tecnologia nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e 3 (três) Conselheiros Regionais indicados pelo Plenário do Regional. 3) Sugerir que nas jurisdições em que não existam entidades representativas dos Tecnólogos, a Associação Nacional dos Tecnólogos indique o representante entre os profissionais tecnólogos registrados no Regional. Presidiu a sessão o Engenheiro Agrônomo RICARDO ANTONIO DE ARRUDA VEIGA. Presentes os senhores Conselheiros Federais ADMAR BEZERRA ALVES, ETELVINO DE OLIVEIRA FREITAS, FERNANDO LUIZ BECKMAN PEREIRA, FREDMARCK GONÇALVES LEÃO, IRACY VIEIRA SANTOS SILVANO, JOÃO DE DEUS COELHO CORREIA, JOSE CLEMERSON SANTOS BATISTA, JOSÉ ELIESER DE OLIVEIRA JÚNIOR, LINO GILBERTO DA SILVA, MODESTO FERREIRA DOS SANTOS FILHO e PAULO CELSO RESENDE RANGEL.
Cientifique-se e cumpra-se.
Brasília, 04 de julho de 2008.
Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo
Presidente
Cumprimento

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O maior aumento do total de matrículas!

Tecnólogos têm maior aumento do total de matrículas segundo Censo

As matrículas em cursos superiores de tecnologia são as que mais crescem no país, segundo o Censo da Educação Superior 2009. Nessa graduação, o aumento do número de matriculas foi de 26,1%, comparado com o ano anterior. Em 2008, o país contava com 539 mil matrículas, número que subiu para 680 mil em 2009. O Censo contabilizou 5,9 milhões de matrículas na educação superior brasileira.
Desde 2001, os cursos tecnológicos conquistaram espaço em um cenário antes dominado pelos bacharelados e licenciaturas. Nesse período, o número de estudantes matriculados nesse nível de ensino passou de 69 mil para os atuais 680 mil, o que representa um aumento de 985%. A título de comparação, no mesmo período o número de estudantes em cursos de bacharelado cresceu 186%.
"Esse aumento da procura e da oferta de cursos superiores de tecnologia revela uma ruptura de padrões", observou Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional do MEC. "O mercado já não absorve os bacharéis e sente falta de um perfil mais técnico e tecnológico em seus profissionais." (Grifei).
Expansão - As instituições públicas respondem por 101 mil das 680 mil matrículas em cursos superiores de tecnologia. Das públicas, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é a que detêm o maior percentual de estudantes, com 57 mil matrículas. Em franca expansão, as escolas federais registraram um crescimento recorde no último ano. "Passamos de 34 mil para 57 mil matrículas em cursos tecnológicos no espaço de um ano", ressaltou Eliezer.
O salto no número de matrículas é fruto da política de expansão da rede. A iniciativa foi responsável pela entrega de 214 novas escolas em todo o país no último período (2005 - 2010). A expectativa é que os números continuem a crescer, já que nem todas as escolas estão em pleno funcionamento.

Fonte: Boletim Setec Notícias

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Códigos dos tecnólogos da área de Engenharia Civil.

Tabela de Títulos Profissionais, Resolução CONFEA nº 473/02
Atualização: 11/12/2009
Modalidades de tecnólogos existentes no CREA: (total de 91)


Grupo: 1 ENGENHARIA
Modalidade: 1 CIVIL
Nível: 2 TECNÓLOGO (total de 14)
Código Título Masculino Título Feminino Título Abreviado
112-01-00 Tecnólogo em Construção Civil
Tecnóloga em Construção Civil
Tecg. Constr. Civ.
112-01-01 Tecnólogo em Construção Civil - Edificações
Tecnóloga em Construção Civil - Edificações
Tecg. Constr. Civ. Edif.
112-01-02 Tecnólogo em Construção Civil - Estrada e Topografia
Tecnóloga em Construção Civil - Estrada e Topografia
Tecg. Constr. Civ. Estr. Topogr.
112-01-03 Tecnólogo em Construção Civil - Movimento de Terra e Pavimentação
Tecnóloga em Construção Civil - Movimento de Terra e Pavimentação
Tecg. Constr. Civ. Mov. Terra Pav.
112-01-04 Tecnólogo em Construção Civil - Obras de Solos
Tecnóloga em Construção Civil - Obras de Solos
Tecg. Constr. Civ. Obr. Solos
112-01-05 Tecnólogo em Construção Civil - Obras Hidráulicas
Tecnóloga em Construção Civil - Obras Hidráulicas
Tecg. Constr. Civ. Obr. Hidr.
112-01-06 Tecnólogo em Construção Civil - Terraplenagem
Tecnóloga em Construção Civil - Terraplenagem
Tecg. Constr. Civ. Terrapl.
112-02-00 Tecnólogo em Edificações
Tecnóloga em Edificações
Tecg. Edif.
112-03-00 Tecnólogo em Estradas
Tecnóloga em Estradas
Tecg. Estr.
112-04-00 Tecnólogo em Operação e Administração de Sistemas de Navegação Fluvial
Tecnóloga em Operação e Administração de Sistemas de Navegação Fluvial
Tecg. Oper. Adm. Naveg. Fluv.
112-05-00 Tecnólogo em Saneamento
Tecnóloga em Saneamento
Tecg. Saneam.
112-06-00 Tecnólogo em Saneamento Ambiental
Tecnóloga em Saneamento Ambiental
Tecg. Saneam. Amb.
112-07-00 Tecnólogo em Saneamento Básico
Tecnóloga em Saneamento Básico
Tecg. Saneam. Básico
112-08-00 Tecnólogo em Controle de Obras
Tecnóloga em Controle de Obras
Tecg. Contr. Obras

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tecnólogo do Estado do Amazonas

Tecnólogos do Amazonas

Se você ainda não concluiu um curso em uma instituição de nível superior, matricular-se em um curso tecnológico é uma grande oportunidade de aprender uma nova profissão e muito mais rápido do que você pensa estará em condições de disputar uma vaga no mercado de trabalho como tecnólogo. Mas, se você já possui um curso superior e pretende aperfeiçoar ou ampliar a sua formação profissional, não perca a oportunidade de buscar informações sobre os cursos tecnológicos oferecidos pelas instituições de ensino existentes em Manaus, porque pode ser que um deles seja exatamente o que você está à procura. Seja mais um tecnólogo.
Os cursos tecnológicos estão presentes nas universidades e faculdades de todo o Brasil. Em Manaus funcionam cursos tecnológicos de Gestão Empresarial, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Empresarial em Logística, Gestão em Qualidade e muitos outros. São cursos com duração de dois a três anos, cuja concepção de formação profissional difere da conceituação dos cursos de graduação de bacharelados.
Os cursos tecnológicos têm carga horária menor do que aquela dos cursos de graduação; as disciplinas e os conteúdos programáticos são voltados para uma aplicação prática; os estudos dos tecnológicos não se aprofundam em teorias. São cursos que devem entregar ao mercado de trabalho profissionais prontos para a produção no interior das empresas. Um tecnólogo em Logística, por exemplo, precisa concluir o seu curso em condições de participar de equipe de gestores de empresas de transportes, de prestação de serviços, sem dificuldades na prática administrativa e na operacionalização das rotinas; em condições de gerenciar carga e descarga de mercadorias, armazenamento de mercadorias e controle de estoque. Um tecnólogo em Logística deve concluir o curso tecnológico com o conhecimento de todas as bacias hidrográficas da Amazônia; saber quais são os municípios situados nas calhas dos rios amazônicos; saber também o tipo e o tamanho das embarcações que devem ser utilizadas para transportar diferentes tipos de cargas para o interior da Amazônia em época de cheia ou de seca dos rios, sem causar prejuízo à empresa para a qual trabalha e aos clientes.
A vantagem de fazer um curso tecnológico não é somente a duração, que é de apenas dois ou três anos, mas principalmente a capacitação profissional contextualizada para atender às demandas das empresas por profissionais produtivos formados na região.
Neste ano de 2010, por exemplo, quando o Pólo Industrial de Manaus (PIM) faturou US$ 33 bilhões, depois de ter enfrentado a crise de 2008 e os reflexos dela em 2009, verifica-se uma expectativa de aumento das vagas de trabalho nas diferentes áreas do PIM, nas quais os tecnólogos formados em Manaus terão a oportunidade de trabalhar e mostrar o diferencial aprendido no interior das instituições de ensino da cidade de Manaus.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cursos tecnológicos


Ao contrário do que possa parecer, os cursos tecnológicos em nada se assemelham aos cursos técnicos. Por lei, o estudo é de nível superior e em 3 anos promete formar especialistas de diversas áreas. Atualmente, esse tipo de ensino é o que mais cresce no país, provando já ser uma tendência nacional de formação.

De acordo com dados divulgados pelo Censo Superior de Educação 2009, o aumento de matrículas para esse tipo de graduação foi de 26,1% comparado ao ano de 2008, que contava com 539 mil matrículas. Além disso, desde 2001, os cursos tecnológicos têm conquistado um espaço antes dominado pelo bacharelado. De 69 mil matriculados para formação de tecnólogo, no ano de 2001, os números aumentaram para os atuais 680 mil, representando um aumento de 985%. Em contrapartida, no mesmo período o aumento foi de 186% para estudantes de bacharelado.

Para o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco, a procura por cursos tecnológicos de nível superior não é somente uma tendência nacional, mas acima de tudo uma necessidade do mercado de trabalho. "O rápido desenvolvimento do Brasil exige profissionais com formação mais focada e, acima de tudo, rápida. Não se pode mais esperar de 5 a 6 anos para um estudante se formar na faculdade", disse.

Pacheco afirmou ainda que os tecnólogos não são menos preparados que os bacharéis, e sim mais focados. "Um aluno que faz bacharelado em Engenharia Civil, por exemplo, passa 4 anos estudando teorias e áreas da ciência que ele não vai usar na profissão. Já o tecnólogo, com formação em construção de estrada, passa 3 anos com o estudo focado somente nisso. Ao ir para o mercado de trabalho nessa área, o tecnólogo vai acabar tendo um conhecimento muito mais aprofundando na construção de pontes que o engenheiro civil".

Nícollas Silva, 20 anos, completou o Ensino Médio em 2008 e iniciou o curso de Ciência da Computação na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec). "Gosto do ensino pelo foco e pela boa qualidade das aulas. Mas admito que agora estou em dúvida entre o curso e o bacharelado. Meu maior medo é me formar tecnólogo e depois decidir que é preciso fazer faculdade, pela possível não aceitação no mercado. Eu chegaria aos 29 anos sem ter alcançado minhas metas", disse.

Fabiano Caxito, professor especialista em tecnologia, afirmou que os anseios de Nícollas fazem sentido, pois não são todos os nichos que aceitam bem os tecnólogos. Para se aprofundar mais no tema, o professor realizou uma pesquisa em 350 empresas de São Paulo para investigar a aceitação dos cursos no mercado de trabalho. Segundo constatou, 48,73% das empresas aceitam o tecnólogo da mesma forma que o bacharel, 11,83% não aceitam e 38,87% dizem depender. Esse "depende", como observou o especialista, pode estar ligado a dois fatores: experiência profissional do candidato, que chega a aumentar 72,1% de aceitação; e pós-graduação no currículo, que sobe para 64,5% de aprovação por parte dos empregadores.

Apesar das estatísticas favoráveis, Caxito salientou que ainda não se pode afirmar que os cursos tecnológicos são plenamente aceitos. "Em algumas áreas, como a de gestão, os conselhos profissionais - em especial o de Administração - limitam a atuação do tecnólogo. Na área de engenharia e arquitetura, os conselhos reconhecem o tecnólogo e definem as atividades que podem ser exercidas. Já em tecnologia da informação, hotelaria, turismo e culinária os formandos são plenamente reconhecidos e até disputados pelo mercado de trabalho. O mesmo acontece com os cursos voltados à indústria e a produção".

Caxito acredita que com o aumento anual do número de matrículas em cursos tecnológicos, o mercado vai precisar se adaptar cada vez mais a nova tendência de formação profissional. "Gradativamente, com a elevação do número de formados e com um maior conhecimento do real significado dos cursos tecnológicos, as áreas profissionais vão aceitando mais facilmente. Em geral, empresas que buscam competências específicas são mais abertas aos graduados nesses cursos", disse. Terra, 04 de fevereiro de 2011.