segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desde a segunda metade da década passada, formação de cursos tecnólogos visa atender demanda local






Criados em 2008, os cursos em Gestão de Recursos Humanos, Logística e Negócios Imobiliários, da Unimep, procuram arrefecer uma carência local. De acordo com o coordenador dos cursos tecnólogos, Emílio Amstalden, as ofertas e oportunidades de trabalho nas três áreas ainda são significativas e devem continuar representando uma boa fatia do mercado municipal e regional. “Se não acontecer nada inesperado, como uma guerra, esses mercados devem continuar se expandindo por, no mínimo, mais 20 anos”, afirmou. “E não só em Piracicaba que essa demanda existe e é alta. Em toda região, a situação é semelhante”, acrescentou.

A alta demanda pelos cursos tecnólogos, menos extensos, com duração de dois anos, surgiu a partir de 2006. Desde lá, “em decorrência do boom econômico”, a necessidade por mão de obra qualificada se tornou, cada vez mais, uma exigência, e não apenas um complemento. Por ano, em média 100 alunos se formam em cada uma das modalidades. O índice de empregabilidade também é alto.

“Cerca de 95% dos alunos já saem daqui empregados. Temos algumas oportunidades de estágio que não conseguimos suprir. A procura por pessoas qualificadas e com capacidade para exercer essas funções é muito alta”, explicou.

Um dos escopos dos cursos tecnológicos é formar um capital humano volta à formação acadêmica e prática, como disse Amstalden. A finalidade é capacitá-lo para cargos gerenciais, bem como qualificá-lo com capacidade técnica para exercer outras funções relacionadas à área. “Assim, quem saí da faculdade já saí imediatamente pronto para o mercado de trabalho”, observou.

Para exemplificar, o curso de Negócios Imobiliários, que outrora era tido como um plano B de vida – a fim de ajudar a compor a renda mensal – agora é tido como uma alternativa viável para construir uma carreira profissional. “É uma alternativa de trabalho e fonte de renda que vem tendo um crescimento muito forte. Na cidade e na região, há muita busca por profissionais capacitados nessa área”, contou o professor.

Conforme Amstalden, um dos problemas mais comuns e recorrentes é a falta de domínio de uma segunda língua. “A cidade é uma grande exportadora. Para atender esse mercado de fora, é necessário que haja um maior foco nesse sentido. É preciso capacitar ainda mais”, concluiu.